Quando falamos de legislações “anti-gay” ao redor do mundo, estão incluídas restrições, proibições e/ou diferenciação impostas à comunidade gay, lésbica, bissexual, transgênero e inter-sexual apoiadas pelos Estados. A isso se chama State-sponsored homophobia, ou “homofobia patrocinada pelo Estado”.
A homossexualidade é considerada ilegal em 72 países, ou seja, nesses países consta na legislação oficial a proibição de demonstração de afeto ou união entre pessoas do mesmo sexo e identificação com a “causa LGBT”, criminalizando tais atos.
Em 6 países – Brunei, Irã, Mauritânia, Nigéria (12 estados no norte), Arábia Saudita e Iêmen – a lei estabelece pena de morte para homossexuais. Também há 5 outros países nos quais as leis locais abrem brecha para impor pena de morte por relações sexuais consensuais entre pessoas do mesmo sexo – Afeganistão, Qatar, Emirados Árabes Unidos, Paquistão, Somália (incluindo a Somalilândia) e, o mais recente caso, Uganda.
Em 2006, ano de início dos registros sobre o tema, o número de países com leis discriminatórias somava 92. Atualmente, 42 países membros da ONU impõem restrições jurídicas à liberdade expressão relacionada à diversidade sexual e de gênero; 52 são os países que possuem leis que impedem o registro e atuação de organizações que trabalham com direitos LGBT (o estudo em questão é de 2020).
No Brasil, por exemplo, verifica-se a contínua intenção de atacar direitos LGBT. Há, nos últimos anos, o incremento na tentativa de impor restrições jurídicas à liberdade de expressão relacionada à diversidade sexual e de gênero. Em 2020, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucionais várias leis municipais que visavam proibir livros didáticos com informações sobre “ideologia de gênero” e a aplicação de políticas educativas relacionadas ao “gênero e a orientação sexual”. Em 2011, o STF passou a reconhecer, por unanimidade, união estável entre casais do mesmo sexo como entidade familiar. Desde 2013, os cartórios são obrigados a celebrar o ato. No entanto, não há lei que regulamente o tema. Em 2023 tramita, na Câmara Federal, o projeto de lei para proibir o casamento igualitário.
A divisão adotada pelo ILGA (The International Lesbian, Gay, Bisexual, Trans e Intersex Association) separa os países entre aqueles em que:
1. relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo são “legalizadas” (em geral, quando a população e o governo entendem que assuntos dessa órbita, relacionados ao comportamento individual, não dizem respeito à legislação pública); 2. relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo são ilegais; 3. relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo levam à pena de morte; 4. “promoção” ou “propaganda” gay é criminalizada (adotam “leis da moral”) 5. proíbem explicitamente na Constituição a discriminação baseada na orientação sexual 6. aprovaram leis antidiscriminação de diferentes matizes: proibição de “terapias de conversão” (a “cura gay”); permissão para casamento e/ou união civil); aceitam a adoção por casais homossexuais.
Nesse levantamento enfocamos os países que criminalizam atividades sexuais entre adultos do mesmo sexo, mesmo que no âmbito privado. Existem países que criminalizam apenas o gênero masculino (♂), e aqueles que incluem as mulheres (♀). O símbolo ao lado do nome de cada país indicará se há especificação de gênero na legislação. Além disso, “(forte perseguição)” será adicionado ao lado dos países em que existem casos confirmados de pessoas encarceradas devido à sua orientação sexual.
Nenhum país europeu proíbe a homossexualidade propriamente dita. A última localidade a ter uma lei homofóbica foi o Chipre do Norte (reconhecido como Estado independente apenas pela Turquia), mas ela foi revogada em janeiro de 2014. Todavia, alguns países abrigam códigos que indiretamente dão margem à discriminação, sendo eles, Armênia, Hungria, Lituânia, Polônia, Ucrânia, Moldova e Rússia.
Fonte: www.ilga.org / Edição: Silvano da Silva Junior e Rafael Pepe Romano
Legislação
Informações & Acontecimentos importantes
Ken Msonda, porta voz do partido de oposição (Partido Popular), fez diversas postagens no Facebook pedindo morte aos gays. Em suas palavras, “gays são piores do que cachorros” e “gays e lésbicas são filhos e filhas do diabo”. (Fonte: 76 crimes.com)
Fonte: www.ilga.org / Edição: Silvano da Silva Junior
Fonte: www.ilga.org / Edição e localização: Silvano da Silva Junior
O Estado Islâmico (ISIS) foi considerado um governo na época em que detinha o controle de certas cidades da Síria e do Iraque, entre 2016 e 2017, mas desde a retomada da sua autoproclamada “capital” Raqqa, em novembro de 2017, deixou de ser um “governo” de fato.
No site do grupo, na sessão de “Jurisprudência Legal” (onde se encontram suas regras e o código penal), uma das páginas é dedicada à “punição por sodomia”, que diz: “a penalidade religiosa aplicada à sodomia é a morte, tenha sido consensual ou não. Aqueles que comprovadamente cometeram sodomia, seja sodomizador ou sodomizado, serão mortos”.
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