“MELTING POT” & “SALADA DE FRUTAS”

11 de abril de 2018

 

Melting-pot é um cadinho onde são derretidos e fundidos diversos metais ou outras substâncias. No sentido figurado do nacionalismo, a expressão diz respeito a lugares (metrópoles, na maioria dos casos) onde há um intenso e visível encontro de culturas, etnias e religiões que, ao fim, congregam-se, miscigenam-se e são assimiladas em um cotidiano comum.

O termo foi formulado no século XIX pelo escritor norte-americano Ralph Wildo Emerson, e em 1908 popularizou-se com a peça teatral de Israel Zangwill nomeada The Melting Pot.

Historicamente, a ideia é que os imigrantes, ao chegarem aos Estados Unidos, deveriam abrir mão de suas identidades nacionais originais para serem aceitos como parte da nova sociedade. O processo de assimilação cultural seria como um processo de derretimento ao final do qual a identidade antiga seria transformada e remodelada.

Com o Immigration Act de 1965, latino-americanos e asiáticos suplantaram numericamente os imigrantes europeus, embora não tenham sido integrados tanto quanto seus antecessores. Especialmente grupos não-brancos passaram a ressaltar suas próprias origens e culturas tornando a sociedade norte-americana muito menos homogênea. Foi nessa época que a metáfora da “salada-de-frutas” tornou-se mais popular do que a do melting-pot: uma variedade de diferentes grupos étnicos na sociedade americana moderna simboliza os “ingredientes” (que conservam seus próprios “sabores” e “texturas”) enquanto contribuem para a “salada” como um todo.

“We become not a melting pot but a beautiful mosaic. Different people, different beliefs, different yearnings, different hopes, different dreams.” (Jimmy Carter).

Em sua concepção, como na de muitos outros, as origens, etnias, culturas e tradições não se misturam até fundirem-se (melting-pot), mas sim, permanecem separadas e diversas, convivendo em um mesmo ambiente (salad bowl).

 

 

 

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